quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Um dia após o outro...


Hoje me sinto muito melhor que ontem e que todos os dias atrás...
Você me veio em alguns momentos nos meus pensamentos e sem querer acabo lembrando dos momentos desagradáveis que passei com você, aí a saudade vai embora...
Na verdade a palavra saudade não encaixa no que tenho sentido desde que voltei... não é saudade o que eu sinto, porque não consigo sentir falta de nada ai da Austrália, de nem um lugar em especial, nem mesmo da sua cama e comidas que eram tão gostosas!
Se bem que, sinto falta sim daquela torta deliciosa de amora que você comprava pra mim todas as sextas e de todos os chocolates!
Então eu confesso.... sinto falta dos sabores diferentes e gostosos que provei na Austrália.
Sinto falta dos sabores, eles ficaram gravados no meu paladar.
Mas não sinto falta do seu gosto, nem lembro, mesmo fazendo um esforço de como é seu gosto ou cheiro... lembro do cheiro do roots quando você dava banho nele, lembro do cheiro dos parques e de alguns cachorros, lembro do cheiro dos shampoos no banheiro... não consigo lembrar do seu cheiro e gosto...isso deve ser bom, mas nem quero analisar nada.
De você o que me vem a minha mente é sua forma física, sua imagem como uma fotografia.
Depois consigo te ver na minha frente, consigo lembrar do som da sua voz, das músicas que você cantava e do tom de voz quando me chamava atenção.
Me vem muito a imagem de você comendo, andando, fazendo festa no roots, dirigindo e respondendo e-mails...
Ah! é claro também me lembro de você dormindo.
São imagens bem nítidas e definidas, mas sem gosto de saudade!
É isso que sinto ou que não sinto... e tudo deve ser bom, porque hoje não me sinto triste... estou calma e sem vontade de saber nada sobre você...
E escrevo como se você tivesse voltado a ser meu diário.
Então é isso... até breve,
até logo,
até mais um dia após o outro.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Mil de mim...



Sou assim
Duas de mim
Às vezes três
Quatro... cinco... seis
Sou uma por mês
Me diversifico
Tem horas que grito
Vivo num conflito
Mostro ao mundo minha dor
Outras horas, só sei falar de amor
A mais romântica
Melodramática
Estática
Chorosa e nervosa
Carente e decadente
Vingativa e inconseqüente
Aí quando menos me percebo
Me transformo em mulher cheia de medo
Cheia de reservas
Coberta de sutilezas
Séria e sem defesa
No minuto seguinte
No papel de mulher fatal
Viro logo a tal
Aí sou dona do mundo
Segura e destemida
Altiva e atrevida
Rasgo meus segredos ao meio
E exponho num roteiro
De poesia ou texto
Agrido, inflamo
Conto o que ninguém tem coragem de contar
Explico detalhes que é bom nem lembrar
Sou assim Várias de mim
Sorriso por fora
Angústia toda hora
Por dentro um tormento
No rosto nenhum sofrimento
No corpo uma explosão de prazer
Nos olhos, meu desejo deixo perceber
Melhor nem me conhecer
Fique com minhas letras
Com as minhas palavras
Na vida real sou bem mais complicada
Sou mil
E quem tentou, descobriu
Que viver ao meu lado
É viver dentro de um campo minado
Prestes a explodir
Mas quem esteve nele
Nunca quis fugir

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Eu sinto assim...


Surgiu como um clarão

Um raio me cortando a escuridão

E veio me puxando pela mão

Por onde não imaginei seguir

Me fez sentir tão bem, como ninguém

E eu fui me enganando sem sentir

E fui abrindo portas sem sair

Sonhando às cegas, sem me distrair

Não sei quem é você

O amor em seu carvão

Foi me queimando em brasa num colchão

E me partiu em tantas pelo chão

Me colocou diante de um leão

O amor me consumiu, depois sumiu

E eu até perguntei, mas ninguém viu

E fui fechando o rosto sem sentir

E mesmo atenta, sem me distrair

Não sei quem é você

No espelho da ilusão

Se retocou pra outra traição

Tentou abrir as flores do perdão

Mas bati minha raiva no portão

E não mais me procure sem razão

Me deixa aqui e solta a minha mão

Eu fui fechando o tempo, sem chover

Fui fechando os meus olhos, pra esquecer

Quem é você?

(Carvão by Ana Carolina)