sexta-feira, 15 de abril de 2011

Quase...

"Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia... tudo passa... tudo sempre passará..." Esse passará tem vontade própria, nunca deu muito certo comigo... mas aceito que nada volta a ser como era antes. Viver com poesia, viver sonhando em realizar sonhos... existe mesmo tanta vida lá fora? Agora nem quero saber, apenas quero sentir o que acabou de ser despertado em mim. Devo parar de ser intensa? Não sei... na verdade não quero... eu sei sim muito bem o que gosto de sentir, e sempre vou estar vulnerável a me derreter, por ter água em mim, pela minha essência. Vou chorar sempre eu me lavo chorando, me limpo de certa forma, reflito sobre essa intensidade que não me deixa e nem vai deixar. Já sei ter paciência e não ser mázinha, não quero machucar, não quero tumulto, quero pisar na terra sentir o cheiro o vento que sempre vai me permitir voar, mesmo quando eu quiser cortar as minhas asas... Não concordo que as palavas são apenas palavras, pra mim elas são vida e morte! E hoje morro um pouco, hoje fui tolida sem merecer, fui julgada! Choro pelo quase, Choro sem cantar, Choro sem ter tido, Choro sem ter ido, Choro por não ter realizado, Choro por doer tão rápido, Choro por que eu sei que me fazia bem, Choro por ter que ir embora, Choro por saber que não vou voltar, Choro por não saber se o fogo apagaria, Choro por ter tido medo de me queimar... Um dia eu talvez eu deixe de ser intensa, mas quando esse dias chegar... se, chegar... eu irei chorar mais uma vez por saber que não valerei mais a pena. "Vou dormir sentindo... o que a solidão pode fazer..."