sexta-feira, 21 de dezembro de 1990

Abandono

Quando pensei que te possuía,
descobri que você é inacessível.
Quando senti verdadeiro seu sentimento,
descobri que todos são capazes de fingir...
e você não é diferente de ninguém...
Quando aceitei conviver com você,
descobri que você cansou de conviver comigo.
Quando não te vi mais todos os dias,
descobri que você me fazia falta.
Quando realmente criei coragem para
admitir meus sentimentos,
descobri que você perdeu a coragem
de me assumir e ser meu.
Quando menos esperava fui surpreendida
por uma onda de sentimentos,
e quando finalmente tive certeza
de que os sentia...
...descobri que havia sido abandonada.
Quando por fim, percebi que estava
sozinha, descobri que era tarde demais.

sexta-feira, 9 de novembro de 1990

Alegria

Convivo com ela constantemente.
É uma ótima sensção de bem estar.
É maravilhoso poder sorrir.
Simplesmente descobrimos que apesar
das coisas ranzinzas que acontecem conosco;
ainda existe um sentimento bem nosso que
ninguém pode roubar da gente!
Sei que ela me transmite a magia de seus
momentos com toda sua força.
Tudo em relação a ela tem
recordações gratificantes.
Apesar de às vezes, não conseguir sentir,
tenho certeza que amanhã, quando
eu menos esperar ela aparecerá e
devolverá toda a forma de poder que
apenas ela sabe transmitir.

quinta-feira, 9 de agosto de 1990

Preciso


Preciso mudar minha vida.

Preciso não sei porque...

Preciso encontrar o porque

Preciso encontrar o lugar exato.

Preciso me encontrar.

Preciso do meu ser.

Preciso encontrar o porquê de minha existência.

Preciso concretizar meus sonhos.

Preciso de razão.

Preciso de objetivos.

Preciso de desejos.

Preciso de prazer.

Preciso aprender a conviver...

Preciso buscar o conhecimento.

Preciso acima de tudo buscar sentimento.

Preciso somente amar.

Não preciso mudar minha vida

se aprender a me aceitar e conviver comigo.

(no IBC)

quinta-feira, 2 de agosto de 1990

Eu ainda existo.

Perdi minha ingenuidade,
mas ainda sou pura.
Perdi minha infantilidade,
mas ainda sei brincar.
Perdi meus caprichos,
mas ainda sei exigir.
Perdi minha inocência,
mas ainda sou criança.
Perdi o desejo,
mas ainda vivo de ânsia e procura.
Perdi o porquê,
mas ainda posso sonhar.
Perdi o medo,
mas convivo com a minha insegurança.
Perdi o preconceito,
mas ainda continuo buscando o efêmero.
Perdi minha falsidade,
mas ainda continuo me montando.
Perdi minha compaixão,
mas ainda sei perdoar.
Perdi meu ideal,
mas ainda sei dar sentido a minha vida!
(no Q.C)

quarta-feira, 1 de agosto de 1990

Sonhos

A nossa natureza é fraca diante dos conceitos reais do ser humano.
Quisera eu poder admitir minha própria verdade diante da falsidade de muitas pessoas.
Sei que perdemos ou simplesmente esquecemos da capacidade que temos de tornar nossos sonhos realidade, e assim continuamos a ter simplesmente sonhos.
Somos pessoas montadas diante da nossa realidade... mas é nessa realidade falida que ainda alimentamos nossas frágeis esperanças...
Somos capazes de tudo se passarmos a admitir verdadeiramente que somos os únicos responsáveis por todas as consequencias de nossa vida.

sexta-feira, 23 de março de 1990

O lago


Como poderei parar de pensar em você?

Por onde passo, fico me imaginando ao teu lado...

Paro em frente a um lago e até nele sinto sua presença.

Suas águas calmas caminham levemente;

são como os seus passos que embora devagar te levaram para longe de mim.

Não sei onde é o fim deste lago; assim como não sei onde estás agora...

Quando anoitece vejo-me no lago e ele finalmente parece parar de correr.

Lembro-me de seus olhos no escuro; a lua ilumina o lago, e o meu amor

fazia seus olhos brilharem.

E até hoje não descobri quem apagou esse brilho se foi eu ou você...

(no IBC)