quinta-feira, 2 de agosto de 1990

Eu ainda existo.

Perdi minha ingenuidade,
mas ainda sou pura.
Perdi minha infantilidade,
mas ainda sei brincar.
Perdi meus caprichos,
mas ainda sei exigir.
Perdi minha inocência,
mas ainda sou criança.
Perdi o desejo,
mas ainda vivo de ânsia e procura.
Perdi o porquê,
mas ainda posso sonhar.
Perdi o medo,
mas convivo com a minha insegurança.
Perdi o preconceito,
mas ainda continuo buscando o efêmero.
Perdi minha falsidade,
mas ainda continuo me montando.
Perdi minha compaixão,
mas ainda sei perdoar.
Perdi meu ideal,
mas ainda sei dar sentido a minha vida!
(no Q.C)

Nenhum comentário: